Na última sexta-feira (22) o dólar disparou, fechando em alta de quase 3%, no maior avanço diário desde maio de 2017. O dólar à vista fechou em alta de 2,69% a 3,9022 reais na venda. Tudo em meio a crescentes temores de piora nas articulações para a reforma da Previdência e as perdas no mercado internacional. O patamar alcançado agora é o mais alto desde 26 de dezembro de 2018 (3,9215 reais).
Após a prisão do ex-presidente Michel Temer, na quinta-feira (21) o clima ficou pesado no mercado de câmbio, que piorou na sexta-feira (22) em meio ás repercussões das ameaças do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de abandonar a articulação da reforma a Previdência. Os ruídos envolvendo Maia e algumas autoridades do governo Bolsonaro têm piorado o humor no mercado, uma vez que indica maior dificuldade no processo de articulação.
A marca é a maior valorização diária desde 18 de maio de 2017, quando a moeda disparou 8,15%, após terem sido divulgados por executivos da J&F áudios do ex-presidente Michel Temer, preso semana passada.
A forte demanda pela moeda norte-americana reflete diretamente no ambiente político, para aprovação da reforma da Previdência. O mercado receia que se leve mais tempo para aprovar a mudança nas regras da aposentadoria e que o texto final fique mais diluído, gerando menor economia fiscal.
O real teve o segundo pior desempenho antes do dólar, perdendo apenas para a Turquia. Tensões envolvendo as colinas de Golan refletiram um disparo de quase 7% na moeda americana no mercado Turco.
No Brasil, o dólar fechou em alta de 2,65% a R$ 3,9016, o maior nível desde o fechamento de 26 de dezembro, quando bateu R$ 3,92. Na semana, a moeda americana acumulou a valorização de 2,12%.
O clima também é preocupante no cenário externo, dados de atividades dos Estados Unidos e Europa temem com a desaceleração da economia global, pressionando Wall Street, que fechou no vermelho.
Escrito por: WD House | Assessoria de Imprensa Escritório Amaral Contabilidade
Fonte: Contabeis.com